O que escolas suecas e norte americanas nos podem ensinar sobre a aprendizagem emocional?
O britânico Zoe Dunn, professor e diretor de uma escola no Reino Unido, narra a experiência que teve ao visitar escolas norte-americanas e suecas que desenvolviam diferentes estratégias para lidar com a aprendizagem social e emocional – que, em inglês, responde pela sigla SEL (Social and Emotional Learning).
Nos Estados Unidos, diz ele, as crianças sabem como aprendem, conhecem o que inibe a sua aprendizagem e são desafiadas a resolver conflitos e a ser resilientes. No estado do Alasca, os alunos são treinados para promoverem a paz e a resolver problemas com criatividade a partir de um programa chamado Resolving Conflict Creatively Programme.
Já na Suécia, Dunn relata ter sentido a aprendizagem independente e a autonomia como valores muito importantes na educação. Mesmo fisicamente e com o seu tipo de mobiliário, as escolas foram desenhadas para promover a liberdade. “Em uma das escolas, as salas de aula tinham um estilo livre, mais parecido com coffee shops, nos quais alunos se sentavam em sofás e usavam seus laptops para desenvolver projetos próprios que tinham discutido previamente com os seus professores”, afirmou.
Depois das visitas, Dunn pondera que modelos como os das escolas suecas dificilmente poderiam ser replicados em escolas do Reino Unido, que normalmente contam com salas de aula maiores, alunos com um comportamento diferente, além de escolas menores e sem espaço ao ar livre. No entanto, ele ressalta que é possível promover os valores de respeito, resiliência e disciplina desde a primeira infância.