A criança rica e a criança pobre em fantasia

As crianças pobres em fantasia são aquelas que têm dificuldade de chamar imagens e ideias à mente. Ao passo que as ricas em fantasia são crianças que têm o problema de se fixar em algo, uma vez que entrou em sua consciência.

A criança rica em fantasia deve ser entendida aqui no sentido mais amplo como o de se fixar no conteúdo do pensamento e da consciência, também como na lembrança e na memória. A autoconsciência depende em grande medida, das experiências e memórias, e se essas podem ser conscientemente tratadas. A saúde emocional da criança depende de conseguirmos criar as bases para uma experiência saudável do eu e da autoconsciência. Esta é a tarefa para o tratamento destes dois tipos de crianças.

A criança rica em fantasia não se fixa às ideias e imagens, pois está em uma situação em que mais forças de crescimento são liberadas do que as que ela consegue lidar.

Quando o professor diz algo, a criança rica em fantasia fica a pensar nisso até o fim da aula e não está mais aberta a qualquer outra coisa durante a aula. Em vez da integração, temos a manifestação de um isolamento e fixação. Ou a situação oposta, onde o professor diz alguma coisa, e entra por um ouvido e sai pelo outro. No caso da criança pobre em fantasia, o professor deve concentrar todo o seu amor e atenção em ajudar a criança a aprender e a fazer uso de seus sentidos.

Atividades que estimulam os sentidos e trazem vida ao pensamento, assim a criança pobre em fantasia consegue recuperar suas ideias e imagens.

Rudolf Steiner incentiva as crianças a cantarem e tocarem na mesma aula, de modo a alternarem o tocar e o ouvir a música. As crianças ricas em fantasia devem tocar uma música e as pobres em fantasia devem ouvir, alternando. A euritmia desempenha um papel especial no tratamento destes dois tipos de crianças. Em vários estágios da aula são as crianças capazes de compreender as coisas e depois deixá-los ir? Ou elas ficam presas em certas coisas? Um processo de respiração deve ser introduzido, momentos que se concentram e outros que liberam, de modo que criamos a possibilidade de se abrirem para algo novo, trazendo um novo equilíbrio.

Se movimentar é um remédio para as crianças. Devemos levá-las a realizarem trabalhos aonde elas possam se movimentar. A música e o canto trazem movimento. Quando se tem medo e insegurança, algumas pessoas começam a cantar, e com isso se sentem livres. Cantar pode ser de grande ajuda para a criança rica em fantasia, pois seu corpo inteiro é permeado com as vibrações da própria atividade, permitindo que as ideias em sua mente fluam sem obstruções.

Fonte: http://www.antroposofy.com.br

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