A partir de que idade pode oferecer um animal ao seu filho?

A partir de que idade?

Antes de oferecer um animal de companhia ao seu filho, é preciso refletir em família as consequências de tal decisão, fazendo um balanço das vantagens e dos inconvenientes. Não se trata somente de satisfazer o pedido de uma criança, mas de saber se o modo de vida dos pais permite acolher um animal em casa. Adotar um companheiro de quatro patas é um ato responsável que implica condicionalismos de que uma criança ainda não tem consciência.

Na verdade, não há uma idade certa para oferecer um animal. Podemos fazê-lo desde os 3 ou 4 anos, a partir do momento em que a criança é capaz de verbalizar. É essencial também que mantenha a distância física e afetiva em relação ao seu pequeno companheiro. Um apego em demasia ou uma forte solicitação pode causar problemas no animal que se sentirá rapidamente sufocado. Além do mais, a criança não deverá confundi-lo com um peluche.

Que animal?

Neste caso, também tudo depende das condições de vida dos pais. Se eles têm espaço e tempo suficiente, podem escolher um cão ou um gato, as duas espécies mais próximas do Homem. Décadas de domesticação permitiram a estes animais de ter uma compreensão dos códigos humanos e uma capacidade de comunicar com eles. Um cão, por exemplo, é capaz de decorar certos comportamentos e de se adaptar. Diante de uma criança agitada, ele poderá cativá-lo com uma calma olímpica. O registo dos seus comportamentos permite interações mais ricas e um apego mais forte do que as outras espécies.

Se esta escolha não for possível, podem optar pelos grandes roedores, como por exemplo o porquinho-da-índia ou o coelhinho de apartamento, que têm igualmente capacidades de apego inegáveis. A criança poderá também desenvolver com eles uma relação emocional forte. Em contrapartida, com os roedores mais pequenos, como os hamsters, tratar-se-á sobretudo de observação. E isso é ainda mais verdade, certamente, com os peixinhos com os quais não há troca tátil.

Quais são os benefícios para a criança e para a família?

Um cão ou um gato pode tornar-se um companheiro de jogos, com a condição de que a criança o respeite. Esta relação pode ser muito enriquecedora para o plano cognitivo, desenvolvendo os sentidos da criança (o tato, o olhar, a audição), mas também para o plano emocional. O menino ou a menina irá projetar muito no animal, que se tornará o recetáculo dos seus pequenos problemas. Ele ou ela confiarão nele porque o animal não o julgará. Esta troca funciona como um pensamento positivo: a criança imagina que o seu companheiro de quatro patas pensa aquilo que ela quer que ele pense!

Um animal pode tornar-se uma “ferramenta pedagógica” na qual os pais se apoiam para desenvolver o sentido das responsabilidades da criança. Graças ao cão ou gato, a criança percebe que é um ser diferente, com outras necessidades e outros modos de funcionamento para além dos seus.

Um animal permite partilhar jogos e momentos de emoção juntos. Esta presença permite à criança apegar-se de uma forma segura e transmite uma serenidade afetiva a toda a família. Estudos provam que os animais têm efeitos benéficos na saúde das crianças e diminuem a tensão arterial dos adultos.

Texto traduzido e adaptado por Vanessa Trigo

Poderá consultar o texto original aqui.

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